No cenário geopolítico contemporâneo, a Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos de 2017 emerge como um documento crucial que redefine as prioridades de segurança do país. Divulgada durante o governo do presidente Donald Trump, esta estratégia marca uma mudança significativa ao destacar a competição entre grandes potências, especificamente a Rússia e a China, como uma prioridade central. Este artigo explora os detalhes e implicações dessa designação, oferecendo uma análise aprofundada para os alunos do Curso Argos ECEME.

Detalhes da Estratégia de 2017

Contexto

A Estratégia de Segurança Nacional de 2017 reconheceu que, após o fim da Guerra Fria, a ordem internacional estava sendo desafiada por nações que buscavam alterar o status quo em seu favor. A Rússia e a China foram especificamente mencionadas como potências revisionistas, ou seja, nações que tentam moldar um mundo antitético aos valores e interesses dos Estados Unidos. Este reconhecimento reflete uma mudança de foco em relação às estratégias anteriores, que estavam mais centradas no combate ao terrorismo e a ameaças não-estatais.

China

A estratégia destacou que a China estava buscando desbancar os Estados Unidos na região do Indo-Pacífico. Através da expansão de sua influência econômica e militar, a China desafia as normas internacionais estabelecidas, buscando criar uma esfera de influência que possa rivalizar com a presença americana. Este movimento é visto como uma tentativa de reconfigurar a ordem regional em benefício próprio, desafiando diretamente a liderança dos EUA.

Rússia

Por outro lado, a Rússia foi apontada por suas tentativas de enfraquecer a influência dos EUA e dividir alianças ocidentais. Ações como a anexação da Crimeia e intervenções em conflitos regionais são exemplos claros de como a Rússia busca alterar o equilíbrio de poder na Europa e além. A estratégia de 2017 sublinha a necessidade de os Estados Unidos se prepararem para contrabalançar essas ações, reafirmando seu compromisso com a segurança europeia e a estabilidade global.

Competição entre Grandes Potências

A ênfase na competição entre grandes potências representa um desvio das prioridades anteriores dos EUA, que focavam mais em terrorismo e ameaças não-estatais. Esta mudança reflete uma reavaliação das ameaças globais, reconhecendo que a ascensão de potências revisionistas como a Rússia e a China representa um desafio direto à ordem internacional liderada pelos EUA.

Implicações

A designação da Rússia e da China como potências revisionistas na Estratégia de Segurança Nacional de 2017 teve profundas implicações para as políticas de defesa, diplomacia e economia dos Estados Unidos. Esta estratégia orientou investimentos em capacidades militares e alianças estratégicas, com o objetivo de contrabalançar a influência crescente dessas nações. Além disso, reafirmou o compromisso dos EUA em manter sua liderança global, adaptando suas políticas para enfrentar os desafios de uma ordem mundial em transformação.

Conclusão

Compreender a Estratégia de Segurança Nacional de 2017 é crucial para analisar as dinâmicas atuais das relações internacionais e as políticas de segurança dos EUA. Para os alunos do Curso Argos ECEME, esta análise oferece uma visão aprofundada das mudanças estratégicas que moldam o cenário global contemporâneo, destacando a importância do tema na preparação para os Exames Intelectuais de ingresso à ECEME.

Por Paulo Roberto Laraburu – Cel R1, MSc RI (UnB)

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